Prs MARCOS E ROSANE BARROS

“Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim, para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que possa falar dele livremente, como me convém falar”. - Efésios 6:18,20.

Existe um ditado no mundo que diz; “falar é fácil, o difícil é fazer”. Se formos trazer este ditado para o contexto do reino de Deus, no sentido contrario ele se encaixa melhor, porque oramos, jejuamos, lemos a palavra, mantemos comunhão com Deus e com seu povo, enfim, fazer, até que fazemos, mas quando temos que colocar isto para fora através do verbo, ou seja, através da pregação do evangelho, ai é que encontramos a dificuldade. Até que queremos falar, mas no momento de anunciarmos, sentimos um bloqueio, não permitindo que a nossa voz saia e assim saímos frustrados com a experiência.

Com base neste pensamento e também com a experiência de grandes homens na palavra de Deus, que veremos a seguir, estou certo de que existe uma força infernal especificamente destinada para bloquear a nossa voz na pregação do evangelho.
O 1º ) exemplo que quero citar é Isaias, que surge com o seguinte argumento; “Sou homem de lábios impuros” (Isaias 6:5), O 2º) Exemplo é Moisés; “Não sou homem eloqüente, sou pesado de boca e pesado de língua” (Êxodo 4:10), o 3º) Exemplo é Jeremias, com argumentos piores ainda; “Eis que não sei falar e não passo de um criança’(Jeremias 1:6). Todos estes homens tiveram um chamado parecido, foram convocados a libertar vidas através da pregação da palavra de Deus, mas o surpreendente é que eles apresentaram a mesma dificuldade: “Eu não consigo falar...” Ao que me parece, o mesmo espírito que se manifestou de forma tão semelhante na vida destes três homens, continua agindo hoje em nossa geração.
Porque isso acontece?
O que o diabo costuma usar contra nós no sentido de bloquear a nossa voz?
A 1º) arma é incredulidade. Ela surge quando é apresentado diante de nós um desafio dado por Deus como, por exemplo; ganhar um cidade inteira para Jesus. Neste momento a nossa tendência natural é nos ver como incapazes de realizar tal tarefa porque olhamos tudo de maneira natural, sem considerar o poder de Deus. A incredulidade estava explicita na vida dos três personagens que citei.
A 2º) arma é o que eu chamaria de cegueira espiritual no nível celestial. É aquela que nos impede de ver Deus na situação. Isaias estava impossibilitado pelas circunstancias naturais, foi que ele viu o “Senhor assentado no trono”. Então a realidade mudou. Todas as vezes que formos pregar o evangelho, anunciar o Reino de Deus e seus benefícios, não podemos esquecer de que acima de nossos medos está o Senhor assentado mantendo o controle de tudo.
A 3º arma do diabo contra nós é a cegueira espiritual no nível terreno. É aquilo que nos impede de ver a realidade na ótica de Deus, Isaias argumentou que não havia condições de conversão, pois a Terra estava coberta de iniqüidade, porem a visão de Deus era de que toda a Terra estava cheia de sua glória. Se não tivermos esse olhar profético, sintonizado com aquilo que se vê desde o céu, vamos ser convencidos de que a batalha já está perdida.
A 4º)Há ainda o que eu chamo de cegueira espiritual no nível pessoal. É aquela que nos impede de ver quem verdadeiramente somos, que corrompe nossa auto-imagem. Jeremias até então não sabia quem ele era em Deus. Quando ele apresenta os seus argumentos pobres, Deus diz a ele: “Antes que tu te formaste, eu te conheci e te consagrei, e te constitui profeta sobre as nações” (Jeremias 1:5), Enquanto ele se via como um menino incapaz, Deus já o havia designado como profeta desde antes do seu nascimento.
Você sabe tão bem quanto eu que estas coisas são terríveis para nos amordaçar, calar a nossa voz. Mas temos que reagir! Há uma maneira de quebrar o poder destas armas forjadas contra nosso ministério.
1º), necessitamos ter uma consciência de guerra. Paulo expressa esta postura ao ordenar que a igreja se revista de toda a “armadura de Deus” (Ef. 6:11), Revestir é mais do que simplesmente vestir. Eu quero dizer que uma roupagem comum de crente não é suficiente para um evangelismo bem sucedido. Temos que nos preparar espiritualmente, que nos guardar em santidade e invadir os terrenos do inimigo respaldados pelas virtudes do Senhor em nossa vida.
2º) é ter uma consciência que exceda as circunstâncias. Alguns ingredientes na propagação do evangelho são indispensáveis, tais como amor pelas vidas e compaixão. Mas eu quero dizer que isto não é o bastante. Não podemos pregar o evangelho só por amor e compaixão. Temos que despertar uma consciência que independa do que está acontecendo à nossa volta. Se não tivermos esta consciência, só iremos pregar quando as coisas estão bem. O que levou Jesus, Paulo, Silas, Pedro e tantos outros discípulos não desistirem diante das torturas e até da morte? Eles sabiam do seu chamado e decidiram ser fiéis.

3º)Há ainda um segredo para o sucesso que se chama dependência de Deus. Note que Paulo não pede oração para que ele possa pregar o evangelho, e sim para que, quando ele fosse pregar o evangelho, a palavra de Deus estivesse em sua boca. Ele sabia muito bem de sua capacidade, mas ele decidiu não confiar em sua habilidade e experiência, mas no Senhor. Em outra ocasião, Paulo expressa que sua pregação não consistiu em linguagem de sabedoria humana, mas sim no poder de Deus, porque as pessoas tinham necessidades diferentes umas das outras, e cada pessoa precisava ouvir algo de acordo com sua necessidade.
Não podemos mais aceitar os argumentos do inferno para calar a nossa voz e impedir que manifestemos o poder de Deus a esta geração tão carente. Precisamos fazer mais e fazer melhor , em 2019 desejamos que SENHOR TE ABENÇOE poderosamente em todas as áreas de sua vida, , Levante-se e fale do amor de CRISTO !!! Shalom !!!