PASSANDO PELAS ETAPAS – A CONVERSÃO, O ARREPENDIMENTO E A FÉ

ESTUDO DE CÉLULA – MARANATHA CURICICA
1ª SEMANA – ABRIL/2017

A conversão
“Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mt. 18.3.) “Convertei-vos” (At. 3.19) – Converter-se significa, muito simplesmente, voltar-se de uma direção para o sentido contrário, dar meia-volta. É o que, espiritualmente, o homem pecador precisa fazer, a fim de haver a Salvação de Deus. Está caminhando com as costas para Deus; há de parar, volver-se e passar a caminhar em direção a Deus. Note-se que o ponto de referência é o Senhor Deus. “Deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro...” (1Ts. 1.9-10.) Exemplos: Naamã (II Rs 5.11-15); Saulo (At 22.4-16). Em que consiste a conversão? Ou melhor: de que maneira o homem se converte? A conversão compreende dois fatores, um negativo e o outro positivo: o arrependimento e a fé.

O arrependimento
O vocábulo do Novo Testamento traduzido por “arrependimento” significa mudança de pensamento, e o arrependimento evangélico tem sido definido como “mudança de pensamento que leva a novo modo de agir”. É a revolta, consciente e definitiva, do homem contra seu próprio pecado, que o leva a renegar esse pecado. Inclui três aspectos:
1. O aspecto intelectual, ou seja, o reconhecimento, pelo homem, do erro de sua vida até então, sua culpa diante de Deus, sua incapacidade para, em suas próprias forças, agradar a Deus.
2. O aspecto emocional – Pesar ao seu pecado como uma ofensa contra um Deus santo e justo.
3. O aspecto volitivo ou da vontade – Mudança de propósito; resolução íntima contra o pecado e disposição para buscar de Deus o perdão, purificação e poder (Mt. 12.41; 3.2,8; At. 2.36-41; 3.19-21; 17.30-31; 20.21; Rm. 2.4; 2Co. 7.9-11).

A fé
É o aspecto positivo da conversão. Note-se que, já no arrependimento, existe o fator fé, uma vez que o homem que se arrepende o faz porque reconhece a procedência do testemunho de Deus a seu respeito (Lc. 7.30).
A fé em nosso Senhor Jesus Cristo (At. 20.21), além de reconhecer a verdade a respeito do Salvador, deposita nele confiança, a ponto de receber dele a Salvação e de submeter-se integral e definitivamente ao Seu domínio. A isso é que o Novo Testamento chama de “obediência da fé” (Rm. 1.5; 16.26); pois fé que não envolve obediência não é fé.
É nesse sentido, de se depositar confiança, que temos de emprestar ao verbo “crer”, em passagens como João 3.15-16; 18,36; 5.24; At. 16.31, se quisermos compreender o sentido da Palavra de Deus. Os melhores tradutores recentes, reconhecendo essa falha, procuram reproduzir mais adequadamente o sentido de pisteuo, traduzindo-o por “ter fé”, “depositar confiança” e outros. (João 20.31; Rm. 4.7; 10.17; Ef. 2.8; 1 João 3.23; 5.9-12).

 

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