Multidão, Seguidor e Discípulo

"O Senhor disse a Abraão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha para o Norte, para o Sul, para o Ocidente e para o Oriente, porque, toda essa terra que vês, eu te darei a ti e à tua descendência para sempre". Gn 13.14,15

 

Antes de Deus nos dar a posse da promessa, Ele nos dá uma visão clara dela. Antes de conquistarmos a terra, Deus nos mostra qual é a terra e como Ele quer que a conquistemos. Assim, antes de começarmos qualquer obra na casa de Deus, precisamos ter o modelo e as explicações detalhadas a respeito de como edificá-la. Quando Deus mandou Moisés edificar o Tabernáculo, disse: "Cuide para que tudo seja feito conforme o modelo que foi te dado no monte." (Êx 25.40) – ou seja, conforme a visão.
Uma das causas das frustrações é a falta de entendimento claro de como fazer. Nestes dias queremos unidade em nossa igreja local, mas nos falta a clareza necessária para alcançarmos isso. Digo isso porque toleramos situações que contradizem nosso alvo e uma delas é permitirmos líderes entre nós que não são realmente discípulos. Eles até se dizem discípulos de Jesus, mas se recusam a aprender conosco na condição de discípulos na Igreja.


O discipulado é uma condição fundamental para que haja unidade entre nós. Dizemos que praticamos e temos até irmãos que são chamados de discipuladores, mas são realmente discípulos? São discipuladores de quem? Quem os segue? Quem os ouve? Precisamos definir melhor nossos termos e esclarecer expectativas.
Quero primeiro dizer o que não é discipulado, para depois defini-lo com mais precisão. Discipulado não é uma sala de aula cheia de alunos com um professor à frente. Salas de aulas são necessárias para se passar uma visão e até formar alguns discipuladores, mas uma reunião desse tipo não é discipulado. Podemos dizer que é uma boa forma de ensino, mas não é o próprio princípio de discipulado em operação.


Outra coisa que não é discipulado: um relacionamento de aconselhamento esporádico, no qual uma pessoa, quando precisa, quando tem alguma necessidade ou problema, procura alguém mais experiente, um pastor ou um líder, para receber conselho e uma luz nova sobre determinada circunstância. Isso pode ser um relacionamento de aconselhamento, mas não é discipulado.


Também não é discipulado uma mera relação hierárquica. O líder não é necessariamente o discipulador do liderado. O liderado exerce uma função por causa da estrutura, mas não reconhece espiritualmente o seu líder. Pode até chamar o líder de discipulador, mas na prática, é só um título hierárquico.
Por que nada disso é discipulado? Porque o cerne do discipulado não é uma programação humana ou a estrutura de uma organização, mas vínculos fortes entre alguém com coração ensinável e um discipulador aprovado. O centro do discipulado são vínculos, ligaduras no espírito, alianças entranháveis, compromisso de submissão, de andar na luz, de se deixar tratar. Esse comprometimento é que define se o relacionamento é ou não discipulado.


1. O que leva alguém a ser multidão?
Evidentemente, existem pessoas que vivem nesse nível de relacionamento por não terem recebido instrução ou ensino. Diríamos que é multidão involuntariamente. Mas a maioria faz uma opção por esse nível de relacionamento por inúmeras razões. Vamos ver algumas.

 

a. Decepção com estruturas e líderes
Relações frustrantes, escândalos, feridas profundas e decepção com a estrutura da igreja produzem crentes assim: descrentes de tudo e de todos, que apenas seguem adiante, sem nenhum compromisso com o Corpo. Infelizmente tais pessoas não percebem que a desilusão é o começo do crescimento. Enquanto idealizamos nossos pais somos apenas crianças, mas quando os vemos como são, começamos a entrar na maturidade.

 

b. Medo de serem conhecidas
O temor da rejeição, da decepção, da exploração ou da manipulação leva as pessoas a fugirem de um compromisso de discipulado. Tais receios são legítimos. Ninguém gosta de ser usado por outros. Todavia isso não é uma justificativa para ficarmos à parte do mover de Deus e da vida da Igreja.

 

c. Ignorância do melhor de Deus
Alguns acham que a vida espiritual miserável em que vivem é o único modelo de vida com Deus. Seus problemas são seus e pensam que ninguém os ajudaria ou entenderia. Creem em sua ignorância e que essa é a vontade de Deus para a vida deles.

 

d. Por participarem de "obras mortas"
Existem igrejas que produzem multidões porque não possuem um fluir do Espírito e da Palavra que os confrontem e os levem à intimidade com Deus. São igrejas-berçário que se contentam em fazer programação para entreter os crentes em vez de desafiá-los a uma vida profunda. São os crentes de campanha que pulam de um lugar para outro procurando a unção mais poderosa.

 

e. Falta de compromisso mesmo
Há pessoas que sabem o que Deus quer, convivem com pessoas de visão, no entanto, optam por uma vida descompromissada. Nunca têm certeza de nada, porque também nunca se deixaram tratar pela Palavra. São pessoas que não têm vida abundante com Deus, não têm vida frutífera, não têm vitórias. São crentes centralizados em si mesmos. Seus compromissos são totalmente baseados no interesse pessoal. Todos os seus projetos vêm antes do interesse por Deus ou pela igreja. Não se preocupam em dar satisfação a ninguém, mandam em seu próprio nariz. Talvez o motivo que traz a multidão à igreja seja um mero compromisso religioso, ou a necessidade de libertação em alguma área, a necessidade de cura, ou apenas para manter um agradável convívio social. Enfim, são pessoas completamente independentes, cujos motivos são desconhecidos. Consequentemente, crescem até certo ponto e então ficam estagnadas. Seu processo de crescimento é comprometido porque crescem no máximo até ao nível do relacionamento periférico e ralo que construíram na igreja: superficial com o povo, superficial na Palavra e superficial com Deus. O crescimento deles é determinado pelo relacionamento superficial que mantêm com Deus e com a liderança. O pouco que eles absorvem do ministério da Palavra não é suficiente para penetrar na vida deles e produzir frutos.

 

 

A Última impressão é a que fica

Porque será que acreditamos em certas mentiras? Por exemplo, há uma propaganda de perfume que insiste em incutir em nossas mentes a seguinte ideia: "A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA!"


Pela nossa experiência de vida, sabemos que isso é mentira, mas, a gente sempre acaba comprando o perfume e, pior ainda, "compramos" também a ideia mentirosa. E a "vendemos" para nossos filhos, amigos e parentes, especialmente quando queremos que eles se vistam bem para um encontro importante ou para uma entrevista de emprego. Mas o fato é que esta frase é uma grande mentira. Quer conferir comigo? – Levantem a mão direita todos aqueles que um dia conheceram uma pessoa maravilhosa, mas, depois de a conhecer melhor, decepcionou-se com tal pessoa! Podem baixar as mãos. – Agora levantem a mão direita aqueles que um dia "não foram com a cara" de uma pessoa quando a conheceram, mas depois, com a convivência, descobriu tratar-se de uma pessoa boa, que não era nada daquilo que parecia ser e hoje, quem sabe, são até amigos! Podem baixar as mãos! Obrigado.


Viu? Eu não disse que essa idéia sobre a primeira impressão é uma tremenda mentira?
A primeira impressão é muito importante, especialmente para quem tem um encontro ou uma entrevista de emprego, mas, de fato, a impressão que fica É A ÚLTIMA! Este maravilhoso Capítulo do Livro do Profeta Ezequiel ajuda-nos a quebrar alguns preconceitos inúteis:


1. Cada pessoa responde diante de Deus somente por si
"Deus pergunta: – Qual é a de vocês? Porque vocês ficam dizendo que vocês estão sofrendo por causa dos pecados dos seus pais? Nunca mais digam isso! A alma do pai é minha, a alma do filho também é minha. A alma que pecar, essa morrerá" (paráfrase dos versos 1 a 4).


2. Um homem bom pode ter a infelicidade de ter um filho ladrão e assassino
Não julgue o pai pelos erros de seus filhos. Veja o que diz Ezequiel:
"Se um homem justo... gerar um filho ladrão, derramador de sangue... (não responderá pelo filho)" (versos 5 a 13).

 

3. Um ladrão e assassino pode gerar um filho justo Não julgue os filhos de um bandido pelos atos de seu pai. "... o filho não morrerá pela iniquidade de seu pai" (versos 14 a 18).

 

4. O perverso pode se converter
Não julgue o perverso que se converteu, como se isso não fosse possível.

 

Ninguém está autorizado a cometer perversidades, mas, se de fato, vier a se arrepender Deus promete perdoar seus pecados "... e de todas as iniquidades que cometeu não haverá lembrança contra ele" (versos 21 a 23).

 

5. O justo que "virar a cabeça" cairá em desgraça Mesmo que tenha sido bom e justo toda a vida, se alguém virar a cabeça "... de todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória" (verso 24). Pois, "A ÚLTIMA IMPRESSÃO É A QUE FICA!!!"


Deus julgará cada um segundo os seus caminhos e nos faz um convite apaixonado, maravilhoso, irrecusável: "Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniquidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. PORTANTO, CONVERTEI-VOS E VIVEI" (versos 30 a 32).

 

 

Barrabás ou Jesus Cristo? A Escolha é Sua

Texto: Mateus 27:15-17
"Ora, por ocasião da festa costumava o governador soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse. Nesse tempo tinham um preso notório, chamado Barrabás. Portanto, estando o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado o Cristo?"

 

Introdução
A. As Escrituras estão cheias de exemplos de escolhas que homens tiveram que fazer (Deuteronômio 30:19; Josué 24:15; 2 Samuel 24:13; 1 Reis 3: 5).
B. Quando Pilatos ofereceu aos judeus uma escolha entre Barrabás e Jesus, isso pode parecer uma escolha fácil a partir de nossa perspectiva, mas para um judeu do primeiro século, a decisão certa não era tão fácil de fazer.


I. Um viveu; o outro morreu.
A. Barrabás foi injustamente absolvido; Jesus Cristo foi condenado injustamente (Lucas 23:17, 40-41, Isaías 53:3-8).
B. Barrabás viveu para si mesmo; Cristo morreu por outros (Romanos 5: 6-9; Hebreus 2:9).
C. Barrabás viveu durante algum tempo; Jesus vive para sempre (Romanos 6: 9-10; Hebreus 7:25; Apocalipse 1:18).
D. Barrabás rapidamente desapareceu de cena; Jesus causou o impacto mais profundo na história (Atos 5:34-39; Filipenses 2:9).

 

II. Uma buscava coisas terrenas; o outro buscava coisas celestiais.
A. Barrabás desejava estabelecer um domínio terreno para Israel sozinho; Jesus procurou estabelecer um reino celestial para as pessoas de todo o mundo (João 18:36; Filipenses 3:20; Hebreus 12:22-23).
B. Barrabás derramou o sangue de outras pessoas; Jesus derramou seu próprio sangue pelos outros (Mateus 26:28; Marcos 15:7; Lucas 22:20; João 10:17-18).
C. Barrabás fracassou seu nome; Jesus Cristo viveu e foi glorificado (Mateus 1:21; Lucas 19:10; 9:56; 1 Timóteo 1:15).
III. Um foi a escolha do homem; o outro foi a escolha de Deus.
A. Barrabás foi tipificado pelo bode expiatório; Cristo foi tipificado pela oferta pelo pecado (Levítico 16: 7-10, 21).
B. Barrabás foi ideia de um nobre de Israel; Deus declarou Cristo, o Rei dos reis (1 Timóteo 6:15).
C. O homem desejou Barrabás mesmo sendo ele um assassino; Deus glorificou Jesus, apesar de Ele ser rejeitado pelos seus (Atos 3:13-14).

 

Conclusão
A. Se você estivesse no lugar desses judeus diante de Pôncio Pilatos, quem você teria escolhido nesse dia?
B. Você faria a mesma escolha, quando a pressão fosse aplicada?
C. Você vai escolher Barrabás ou Jesus Cristo?

 

 

Clama a mim e responderei

"Clama a mim e responder-te-ei, anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes".(Jr 33:3)

 

Pela luz das Escrituras, podemos entender que a ação do Homem provoca a reação de Deus e que a fé não é apenas um sentimento de motivação ou simples emoção, mas ela pode mover o poder de Deus quando acompanhada pelas ações.

Foi o próprio Senhor Jesus que disse em Mateus7:7-8 "Pedí, e dar-se- vos-á, buscai e acharás, batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede recebe, e quem busca acha e ao que bate, abrir-se-lhe-á".

 

Mas QUAL É O hábito do Homem chorar e lamentar se dos seus próprios problemas e necessidades mesmo sabendo que isso resultará em nada.

Mas como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do Homem, são as que Deus preparou para os que o amam.( I Co 2:9).

Podemos contemplar as maravilhas do mundo, o nascer e o pôr do sol, o brilho das estrelas, a beleza da natureza, mas isso tudo não se compara com o que Deus preparou para os que o ama, Ele conhece as nossas necessidades, mas também exige que clamemos a Ele.

 

"... porque o vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes"

Será que seria realmente melhor, em algum momento de nossa vida, que o Senhor nos revelasse tudo aquilo que Ele tem reservado para o nosso futuro? Até que ponto não conhecer o futuro prejudica o planejamento adequado de nossa vida?

Na promessa de Jeová a Jeremias, Ele garante "anunciar coisas grandes e firmes, que não sabes". Só que a coisa não é automática. No início da promessa, Ele institui o profeta: "clama a mim".

 

Este verso concorda com todo o contexto bíblico, que afirma que nosso futuro somente está garantido, por causa do amor e da providência do Senhor. Em outras palavras, nossa parte não é a de manter comunhão com o Senhor do futuro.


Que o SENHOR te Abençoe, Shalom!!!

 

 

 
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